Estamos na segunda década do século XXI, e ainda encontramos muitos desafios no processo de comunicação. Sabemos que hoje nossa Língua Portuguesa flui de maneira estonteante, ou seja, há muitos mecanismos tecnológicos e plataformas digitais pelos quais podemos nos comunicar, mas esquecemos que uma delas criada pelo homem, a mais de dois milênios, foi a escrita. Assim, percebemos que mais tecnológica que é a escrita, hoje digital, através da digitação ou realizada pela própria reprodução da fala vem desafiando-nos a usar nossa Língua Portuguesa cada vez mais adequadamente. Hoje, a nossa língua é a 3ª língua mais falada no universo digital, e no dia 5 de maio, comemora-se o Dia da Língua Portuguesa. Essa data é celebrada apenas entre os países lusófonos – aqueles que têm como sua língua materna o português – Portugal, Brasil, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, São Tomé e Timor-Leste. No entanto, a nossa Língua Portuguesa é originada do Galego-Português, língua falada no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Contudo, os portugueses foram os primeiros europeus a lançar-se ao mar no período das Grandes Navegações, assim disseminando sua fala para outros povos em diferentes sociedades. Neste sentido, nosso idioma como tantos outros sofreu e sofrerá evoluções, isso porque toda língua é viva, fato que comprova a organicidade, que em muitos aspectos é diferente do português de Portugal, tendo divergência de significados de palavras e pronúncias. Nesse ínterim, a Língua Portuguesa ou qualquer outra língua do mundo, sofre modificações devido as influências digitais de comunicação considerados como politicamente corretos. E, portanto, devemos acreditar que “não adianta resistir”, pois temos que pensar a educação associada ao pensar do uso da tecnologia. Enfim, viva a Língua de Camões, viva a Língua Portuguesa, e que possamos entender que a língua materna é muito mais que um mecanismo de comunicação, é uma parte de nossa alma que se materializa, se torna concreto na nossa cultura. Professor Rodrigo César Costa Silva |